Entre as muitas publicações na área da educação que existem nos Estados Unidos, a Educational Leadership, não sendo uma revista de referência é prestigiada e contém sempre alguns artigos de interesse. Ao consultar a sua edição on-line do Verão de 2005 – actualíssima, portanto – verifico que contém um artigo, intitulado “From F to A in 180 days” (que pode ler aqui) no qual se conta o que aconteceu numa escola elementar (até ao 5º ano) do Estado da Florida. Nesse Estado os distritos escolares classificam as escolas de acordo com os resultados dos testes estaduais, usando a mesma escala dos alunos, de A a F – A é o óptimo e F o “fail”, ou seja, a reprovação. Ora essa escola foi a primeira em, 2002, ter um F – por causa dos seus péssimos resultados. No ano seguinte, porém, foi classificada com um A!
Este caso de sucesso foi estudado por um grupo de quatro investigadoras (todas da Universidade da Florida) associadas com os professores da escola, usando a técnica da “survey” e entrevistas seleccionadas. Entre os factores identificados que terão contribuído para o êxito as autoras incluíram a individualização do ensino suportado especialmente por tutorias com grupos reduzidos, a atitude positiva dos professores, que trabalharam sem descanso, uma grande variedade de métodos de instrução. Mas também foi reconhecido o papel dos fortes laços da escola com a Universidade, que dispensou a consultoria essencial para o arranque das actividades. Este ambiente contagiou as crianças e deu-lhes motivação.
Interessante anotar que no artigo se diz claramente que os professores não caíram na tentação de “ensinar para o teste”, mas consideraram o currículo globalmente e com isso deram aos seus alunos oportunidades de aprendizagem muito válidas.
Não é o primeiro estudo do qual tenho conhecimento com resultados aproximados. Mas este é recente e a seu respeito pode haver alguma reflexão útil.
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