Foi há sessenta anos que a Humanidade percebeu que se encontrara um meio de destruição poderoso e terrível. A guerra na Europa acabara – mas as hostilidades continuavam no Oriente, e o Japão, que infligira uma humilhação aos norte-americanos em Pearl-Harbor em 1941, era agora o alvo a abater. A decisão de usar a bomba atómica, que desde o começo da guerra estava a ser construída, tomada pelo Presidente Truman, foi criticada mesmo por altas personalidades norte-americanas, como o General Eisenhower; por um lado, porque se acreditava que os japoneses iriam ser vencidos sem o recurso à bomba, e por outro porque o seu uso punha em causa um dos princípios que toda a guerra pretende salvaguardar – não causar danos a populações civis. É bem verdade que tal princípio não fora respeitado em todo o conflito, mas o massacre do dia 6 de Agosto de 1945 (mais de 140 000 pessoas mortas na cidade de Hiroshima) excedeu tudo o que até então se fizera.
Não tenho memória de quando e como soube do lançamento da primeira bomba atómica. É curioso, porque me recordo de outros momentos da Grande Guerra de 1939-1945.
Para o futuro ficou o medo das armas atómicas – a sua proliferação por diversos países tornou a bomba atómica um elemento de receio que de algum modo favoreceu a contenção (lembram-se da “guerra fria”?). Mas as guerras continuaram, e continuam. Não me apetece, neste momento, escrever sobre isso. Só quis lembrar a efeméride.
(A propósito! Sabem que faz hoje 115 anos que, nos Estados Unidos, se procedeu à primeira execução através da cadeira eléctrica?)