Depois de Aveiro, decidi concorrer para um liceu de Lisboa; já era, na altura, professor auxiliar. Fiquei naquele que a que concorri, um liceu novo, com apenas um ano de vida, o Liceu Padre António Vieira, em Alvalade.
Em meados dos anos 60 Lisboa tinha crescido um pouquinho, mas ainda se conseguia ter lugar para estacionar o carro perto de casa ou do cinema. Aliás, já escrevi sobre os meus tempos de Lisboa, que atravessam vários períodos da minha vida. Mas ao recordar esses tempos, e sabendo o que sei hoje, sempre digo que por um pouquinho não fui professor de Santana Lopes e Francisco Louçã, que, nesse ano, deviam estar no 3º ou 4º ano. Simplesmente, uma vez mais só me foi distribuído serviço de História e Filosofia dos anos complementares, onde, aliás, fui professor de alunos que se tornaram pessoas importantes na vida nacional. Foi também nesse ano de 1967 que, na altura dos exames, fui destacado para presidir aos júris no Colégio Moderno, onde vi pela primeira vez Mário Soares e conversei com a directora pedagógica, Maria Barroso.
Como já disse, concorri para efectivo e fui colocado na Horta, onde passei o ano de 1967-1968. O ano seguinte levou-me ao Funchal (que será objecto do meu próximo post).