Para além da irregularidade com que tenho frequentado a Memória, consequência de outra prioridade dada aos meus alunos de mestrado, vou na próxima semana adicionar um outro constrangimento, uma vez que amanhã voo para os Estados Unidos, onde em Orlando (Florida) vai decorrer a conferência anual da "Association for Educational Communications and Technology" (AECT), porventura a maior organização internacional no campo da tecnologia educativa. Sou membro há quinze anos e nos últimos dez tenho, com certa regularidade, ido a todas as conferências. É uma oportunidade rara de contactar com os maiores especialistas de muitos países, permitindo-nos aperceber quais as tendências que emergem das inovações tecnológicas. No regresso não deixarei de deixar aqui as minhas impressões. Até lá! |
The past is malleable and flexible, changing as our recollection interprets and re-explains what has happened.... Peter Berger
2005/10/14
Uma pausa maior?
2005/10/12
Mais do mesmo
Leio nos jornais de hoje (ontem, não tive oportunidade de ver notícias na TV) declarações de responsáveis sindicais e de professores, a propósito da intervenção do Secretário de Estado da Educação acerca das medidas que comentei ontem neste blog, nas quais se usa a mesma expressão que empreguei, “mais do mesmo”, associada a uma certa desconfiança sobre os resultados de recuperações que se baseiem nesse princípio.
Embora continue à espera de ver concretizado no papel o que o Ministério propõe, não me contenho em desde já, dizer mais alguma coisa. Pertence precisamente aos professores (reunidos no conselho de turma) tomar as decisões que se imponham para tentar diminuir a taxa de insucesso. Na verdade, a legislação existente permite-o, e por isso, estou expectante acerca da maneira como o despacho ministerial vai ser elaborado. Não me parece que seja possível, nem desejável, impor modelos. Repito, é aos conselho de turma que compete estudar a situação dos seus alunos e propor soluções. A escola (agrupamento) terá de estudar os meios para compatibilizar essas diferentes soluções. As estruturas do Ministério da Educação, as existentes ou a definir, terão como função dar apoio. E outras estruturas (associações de pais, por exemplo) deverão ser chamadas a cooperar.
Mas atenção, para que haja sucesso, cabe aos professores o principal papel. O papel de se assumirem como professores e não como funcionários públicos (o que não quer dizer que deixem de ser críticos em relação a eventuais beliscaduras nos seus direitos). Continuarei atento a este assunto, que é, sem dúvida, da maior importância.
2005/10/11
Novidades na educação
Leio no Público (e como esta local está on-line, pode ler também aqui) que o Ministério da Educação anunciará hoje medidas de combate ao insucesso escolar em que a peça central serão “aulas de recuperação” e “planos de recuperação” para os alunos que reprovem em dadas condições. Aguardarei pelo despacho anunciado para daqui a alguns dias (perguntando-me que sentido faz anunciar medidas sem se conhecerem completamente todos os dados que as suportem) mas permito-me desde já fazer um comentário. Sou muito céptico em relação a “aulas” de recuperação, o “mais do mesmo” que regra geral não consegue acrescentar nada a quem sabe pouco. Pelo contrário, penso que a existência de planos de recuperação individuais consigam ter uma percentagem de êxito assinalável, desde que cuidadosamente planeados e executados.
A estrutura curricular do ensino básico contém, aliás, uma área (o estudo acompanhado) que foi pensada precisamente para ajudar os alunos, e em especial os que têm mais dificuldades de aprendizagem. Infelizmente, creio que raramente ela foi aproveitada como devia pelos professores nas escolas. E no entanto, onde foi bem aplicada, poderá ter tido sucesso.
Vamos uma vez mais esperar para ver. Gostaria de poder dizer que estou entusiasmado, mas não estou: sinceramente, receio sobretudo que as aulas de recuperação se transformem em novos meios de discriminação (que sendo eventualmente necessária, não deve sê-lo numa perspectiva institucional, mas como um acto normal do processo de ensino-aprendizagem dos alunos).
2005/10/10
Amarante
Eu gosto de Amarante: da sua paisagem repousante, dos seus monumentos e do seu museu, da sua gastronomia (que doces deliciosos!), da sua gente. Tenho em Amarante grandes amigos. Nos últimos tempos, confesso, vivia contrito a pensar no que podia acontecer a Amarante depois do dia de ontem. Estava preocupado, sinceramente preocupado.
Por isso, fiquei feliz e mal soube do resultado das eleições para a Câmara Municipal, enviei uma mensagem dando parabéns ao Luís. Afinal, nem tudo está perdido!
Nota: a minha irregularidade na Memória prende-se com o facto de estar agora a gerir um outro blog muito mais exigente… Espero que em breve consiga o equilíbrio, tanto mais que tenho algumas promessas por cumprir…
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