Se quiser visitar as Fábulas (e merece a pena, se não o fizeram já) verá que fui desafiado a não quebrar uma rede que existe no mundo dos blogs. Eu sempre quebrei aquelas redes patetas que de vez em quando apareciam pelo correio normal (estou agora a pensar que praticamente desapareceram, mas muitos dos meus leitores lembrar-se-ão delas), mas esta não posso nem quero quebrar, tentando respeitar o estilo que se está a criar na blogosfera. Aí vão, pois, as minhas respostas às cinco perguntas e os convites para novos “enredados”.
1. Não podendo sair do Farheneit 451, que livro quererias ser?
Morrer queimado não se deseja ao maior inimigo… Nenhum livro merece ser queimado, mesmo aqueles a que falta dignidade. Se sou contra a pena de morte nos humanos, como seria a favor da morte de livros? (Penso que interpretei o sentido da pergunta…)
2. Já alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?
Quase ainda criança (comecei muito cedo a ler livros porventura não muito próprios para a idade) quis ser o Edmundo Dantès de O Conde de Monte Cristo. Depois, julgo que fui sempre capaz de lidar com a ficção e a realidade de tal sorte que personagens foram sempre personagens, simpatias e antipatias ficando sempre a esse nível. Nunca me apaixonei por uma personagem nem desejei matá-la...
3. Qual foi o último livro que compraste?
Bom… Normalmente, os livros “de ler” não os compro eu mas a minha Mulher; as minhas compras, nas visitas que faço a livrarias, são de livros que me interessam na área das minhas preocupações (educação) e muito raramente de outros temas. Creio que o último livro que comprei foi Um Roteiro da Educação Nova em Portugal, de Manuel Henrique Figueira, edição dos Livros Horizonte (2004).
4. Que livros estás a ler?
No que se refere a livros de “ler” (isto é, estilo romances, novelas) estou muito abaixo do que quereria, porque tenho de me dedicar a outras leituras (e essas requerem compulsar vários livros ao mesmo tempo). Desde o Natal, porém, ando ás voltas com A Minha Vida, de Bill Clinton. É um volume de quase mil páginas! Aprecio muito biografias, ainda mais autobiografias, e tive sempre muita simpatia por Clinton (assisti nos Estados Unidos ao começo da sua campanha para Presidente e dei-lhe crédito como político; e como político provou ser muito bom). Não tenho neste momento “livro de cabeceira”.
5. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Os Lusíadas, de Camões, Os Maias, de Eça de Queirós, Aparição, de Virgílio Ferreira, Guerra e Paz, de Tolstoi, O Fio da Navalha, de Somerset Maugham. Peço desculpa mas Saramago não passa. Esta foi a resposta mais ou menos séria, porque noutro registo talvez me propusesse levar uma Enciclopédia (a Verbo século XXI, por exemplo, porque sempre variaria mais de leitura…)
6. A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Parte difícil! Sou recente nos blogs para ter um grande campo de escolha… Esperando que aqueles a quem convide tenham o mesmo “fair play” que eu, não dizendo “não” à Saltapocinhas, passo o testemunho ao Outroolhar, ao Acontecencias e ao Educação Comunitária. Razões: os dois primeiros, porque têm mantido um diálogo interessante, aberto, estimulante, com este blog; o terceiro porque tem a gestão de um colega que nos anos 80 trabalhou comigo na Escola Superior de Educação de Faro e tenho a certeza que não se importará de o desafiar…
Estou desobrigado. Satisfiz a curiosidade?...