2006/06/02

Riga – exemplos de arte nova

Deixo alguns exemplos (muito poucos, porque há dezenas na cidade) de edifícios construídos seguindo o estilo arte nova. A maior parte estão nas ruas Elizabetes e Alberta, mas há muitos espalhados pela chamada cidade velha.









2006/06/01

O perfume das tílias


Que maravilha! As tílias da Avenida Central já perfumam o ar que respiramos, e ontem senti-o pela primeira vez este ano. Para quem está condenado ao horroroso cheiro a frituras do Mac Donald’s, a floração das tílias e o seu perfume é uma bênção!

2006/05/31

Pais a avaliar professores?


Confesso que estou cheio de curiosidade para saber quais são as propostas que o Ministério da Educação vai concretizar para dar corpo ao que foi anunciado; que pais podem vir a avaliar professores. A notícia, de que tive conhecimento no regresso da minha viagem, na qual, sem acesso à Internet, fui privado de saber o que se passava no país, deixou-me perplexo, e apenas me ocorre uma palavra para a qualificar: demagogia. Demagogia, e perigosa: porque pode revelar um grande desconhecimento sobre o que seja avaliação de um profissional na casa que gere a educação no país.

Eu defendo que a escola, os professores, têm de ter um diálogo mais intenso com os pais, directamente ou através das associações representativas; que devem ter em atenção as suas opiniões, depois de analisadas com muita sensatez. Mas colocar nas mãos dos pais (ou encarregados de educação) qualquer avaliação directa dos professores, seja qual for o seu formato, não é de modo algum aceitável.

O excesso de voluntarismo em querer inovar deve ter limites. Tenho apoiado medidas que considero sensatas deste Ministério. Parece-me (e sou cauteloso porque me faltam as propostas do modus faciendi) que esta é uma medida totalmente desajustada, sem qualquer base que a possa legitimar.

Escuso de dizer que sou por uma avaliação dos professores, uma avaliação séria, e que tenha consequências, ou seja, que incentive os melhores e puna os piores. Mas nessa avaliação não podem entrar, directamente, os pais.

2006/05/30

Riga, a capital do Báltico?

Parece que desde sempre Riga foi uma cidade que mereceu a atenção de quem a visitava, e li referências considerando-a a capital do Báltico ou a Paris do Báltico. Ressalvando as proporções há na verdade aqui ou além, na cidade velha, ou seja, no que se poderia chamar o centro histórico, traços que nos podem fazer lembrar a capital francesa. Como prometi, publico algumas fotografias de diferentes zonas da cidade.

Monumento que recorda 1991 - quando Riga
se libertou da ocupação dos russos (1945-1991)


Rua na cidade velha

Um dos parques da cidade. Ao fundo, a Ópera.

Casas numa praça do centro de Riga

Tenho mais fotografias de edifícios "arte nova", a publicar noutro post.


2006/05/29

Alguns dias diferentes


Passei agora meia dúzia de dias pertinho do mar Báltico, o que nunca fizera antes. Tenho, pois, alguns posts em perspectiva para além deste. A minha base de estadia foi Riga, a capital da Letónia, mas desloquei-me a Helsínquia por um dia. Se em relação a Helsínquia tinha expectativas que não foram iludidas, em relação a Riga devo dizer que fiquei verdadeiramente surpreendido com o que encontrei. Por muito que se leia, só o ver, o estar, nos dão a percepção correcta da realidade.

A cidade, cujo centro histórico foi considerado pela UNESCO património mundial, é magnífica, sobretudo pelo conjunto de edifícios do estilo arte nova, que se sucedem em algumas ruas, qual deles o mais espectacular. Mas também são de referir os amplos parques, a excelente rede de transportes, a vida cultural intensa, enfim, um conjunto de razões para a minha surpresa e até encantamento.

E tudo isto apenas quinze anos depois da Letónia se ter libertado da tutela comunista (1991). Porque é bom não esquecer que o país esteve longos 51 anos ocupado – primeiro por tropas russas, logo a seguir alemãs e depois de 1945 de novo russas – uma ocupação dolorosa que está documentada num museu cheio de interesse. E durante esse tempo a língua letã, que mais ninguém fala senão os pouco mais de milhão e meio de letãos (ou lactvianos), manteve-se viva e continua viva.

Calcorreei as ruas da cidade, que em Maio acabou de sair de um Inverno rigoroso mas mesmo assim, para quem vem do sul, ainda supõe um suplemento de abafo, de máquina fotográfica sempre pronta. Escolherei algumas das fotos para dar uma ideia daquela que é considerada a capital do Báltico.