A única postura de quem quiser apreciar, com neutralidade, as medidas anunciadas pela Ministra da Educação que tenho vindo aqui a comentar é, creio, adoptar o princípio de esperar para ver. Todos nós temos ideias e normalmente estamos convencidos de que essas ideias são as melhores. Por vezes, conseguimos alinhar ideias alternativas, e então ficamos mais abertos a uma apreciação menos subjectiva.
Estou curioso em ver os desenvolvimentos que surjam para os conferir com as minhas ideias, muitas das quais não expressei aqui, bem como com as ideias dos meus comentadores, que de um modo geral reforçaram essas que não expressei. Eu posso enunciar receios, mas não devo à partida proceder a um julgamento sumário. Se nem fiz isso a Santana Lopes, apesar de pensar o pior, até ao discurso da posse! (É verdade que foi muito cedo, mas também, com um discurso daqueles, quem poderia continuar a ter dúvidas?).
Vejamos dois pontos que têm sido levantados: em escolas com o chamado “desdobramento”, como se vai fazer? Já li que alguém do Ministério disse que se iria proceder a um levantamento e se fariam a tempo as obras necessárias. Ora bem, eu tenho as maiores dúvidas que isso seja conseguido, mas em vez de clamar logo pela irresponsabilidade de tais afirmações vou esperar para, depois, julgar.
Ao prolongar o tempo na escola, não se irá dar mais do mesmo? Porque confio na inteligência das pessoas, penso que não, e ainda que as recomendações do Ministério possam não ser claras, um professor sabe certamente que isso não resulta.
Este post teve uma intenção: clarificar que eu defendo ideias e não pessoas, tal como quando critico ideias não critico a pessoa que as tem.
1 comentário:
Estou como tu: à espera para ver o que sai...Nem preocupada, nem despreocupada, nem alegre, nem triste...
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