2005/05/12

As Crónicas na RUM (7)


Na semana da festa dos nossos estudantes, aquela que antecede o trabalho a sério, que leva alguns a hibernarem para estudar, deixando de lado as discotecas e o “dolce far niente”, os docentes aproveitam o campus estar sem alunos para promover conferências e seminários.
Está neste momento a decorrer a quarta edição do Challenges, uma organização do Centro de Competência Nónio, que desde 1999 vem, de dois em dois anos, reunindo professores de todos os graus de ensino interessados nas tecnologias de informação e comunicação, com alguns convidados estrangeiros. Há na Challenges lugar para conferências, painéis de especialistas e sobretudo comunicações de professores que vem discutir as suas experiências no domínio da aplicação das tecnologias à educação.

Não é a primeira vez que refiro o papel fundamental que a tecnologia (e agora não qualifico, digo apenas tecnologia) tem e vai continuar a ter no desenvolvimento educativo. Ela está a revolucionar a escola, e se ainda há professores que resistem, estou certo que o seu número vai diminuir de dia para dia. Simplesmente, tal como qualquer outra metodologia pedagógica, é preciso usá-la bem. Passou o tempo em que ter um computador numa escola era o alvo: à medida que os equipamentos embarateceram e o parque de computadores nas nossas escolas aumentou significativamente, o que é preciso é saber extrair deles o máximo de proveito para as aprendizagens dos nossos alunos.

E deve dizer-se que começam a existir iniciativas, experiências, com muito interesse e reveladoras de novas abordagens. O seu número é muito pequeno para o universo das escolas portuguesas, mas o contágio começa a surtir efeito. Ora na conferência Challenges’ 2005 estamos a testemunhar o entusiasmo com que os participantes frequentaram workshops temáticas, e depois, como discutem, nas sessões paralelas, as suas realizações com base tecnológica.

Tivemos este ano a participação de convidados de Espanha, do Brasil e da Polónia, falhando, à última hora, uma convidada grega. A colaboração com profissionais de outros países tem sido sempre um objectivo da Conferência, uma vez que queremos incentivar parcerias com outros países europeus e, mesmo, de outros continentes.

Antes das Challenges, na segunda e terça-feira, por iniciativa da Escola de Ciências da Saúde, realizou-se uma workshop sobre aprendizagem activa, dinamizada por dois professores norte-americanos, Richard Felder e Rebeca Brent, especialistas em metodologias de ensino-aprendizagem privilegiando uma maior participação dos estudantes. Esta acção teve a participação de professores da nossa Universidade mas também de quatro dezenas de docentes de outras instituições de ensino superior.

Como se vê, enquanto os estudantes folgam com a sua semana, os professores trabalham, preocupados com a sua prestação profissional…

Espero que as festas acabem com alegria, mas sem os exageros que por vezes acontecem... Vocês sabem do que estou a falar!

Até para a semana.

2 comentários:

MJMatos disse...

Agora fiquei curioso. Emília Miranda, do Netescrita, referiu-me a Challenges mas "apanhou-me" fora de contexto. A próxima edição também vai ser em Braga?

Cândido M. Varela de Freitas disse...

A conferência Challenges teve até agora quatro edições, 1999, 2001, 2003 e agora 2005. É nossa intenção que volte em 2007, e em Braga. Tem sido um fórum interessante sobretudo para quem se dedica às tecnologias da informação e comunicação. No nosso site (www.nonio.uminho.pt) pode encontrar on-line as actas das duas primeiras edições.