2005/03/29

Notas soltas de um interregno


Num só dia, tinha para ler três jornais diários, um semanário e duas revistas – e, maravilha, podia fazê-lo, sem precisar de me justificar pelo tempo “perdido”. Retive das leituras que o país vive em equilíbrio instável entre o acreditar que vamos finalmente “dar o salto” e o pensar que nos nossos genes o fracasso está indelevelmente marcado. Como sou optimista, prefiro pensar que vamos mesmo dar o salto. Mas…

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Tenho um enorme prazer em conduzir. Desde pequenino que tive atracção pelos automóveis, a ponto de sonhar com participar em provas desportivas (sonho que perdi por boas razões). Hoje sou apenas um condutor que aprecia as viagens longas (conduzir na cidade não é a mesma coisa…). Saí de Braga no dia 24 vigorando um código de estrada, regressei a 28 com nova lei. Como muitos outros, interrogo-me acerca da teimosia em manter a velocidade máxima nas auto-estradas em 120 km/hora. Com o parque automóvel que temos, não se justifica de todo essa determinação, que em algumas situações eu direi mesmo que é impossível manter sem gerar filas intermináveis (e perigosas) ou constantes ultrapassagens (que são igualmente perigosas).

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Na viagem de regresso notei, satisfeito, que na A1 já figurava o limite inferior de velocidade permitido (50 km/hora). Isto é, a disposição do código entrara em vigor e de imediato o sinal fora alterado. Já o mesmo não aconteceu na área da A1 não concessionada à Brisa: aí, continuava a figurar o limite de 40km/hora. Como não li o novo código todo, pergunto se será mesmo assim ou se será consequência da normal incúria dos serviços públicos? (Custa-me dizer isto, mas é, normalmente, verdade…)

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Finalmente, choveu bem, provavelmente ainda não o suficiente, mas de qualquer modo choveu. Penso que toda a gente perdoou o relativo incómodo que possa ter sido a chuva em período com feriados e ficou satisfeita com a dádiva. Vamos lá ver se se cumpre o provérbio e temos águas mil em Abril!

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