2005/07/21

As Crónicas na RUM (17)


A Rádio Universitária faz 16 anos, e desta vez vai comemorá-los com maior visibilidade do que em anos anteriores, reunindo amanhã, num jantar, os que a sustentam, com muita dedicação e também por vezes muito sacrifício, mantendo uma voz na região que é de facto escutada e representa, para a Universidade, uma área de muita valia, porventura ainda não totalmente explorada. Penso que faz bem: devemos demonstrar júbilo com as datas significativas, e 16 anos, para uma rádio local e nos difíceis tempos que correm, é uma idade bonita.

Há quatro anos que venho dando o meu contributo à RUM, esperando, como é óbvio, que ele tenha algum interesse para quem me escuta, mas também porque me dá prazer colaborar numa realização a que a nossa Universidade está ligada e que satisfaz, também, um velho amor pessoal… Desde muito novo a rádio teve para mim um certo fascínio, que nem sequer a televisão alterou. Ainda não havia televisão em Portugal e já eu colaborava em programas de rádio, isto nos anos 50, quer no Rádio Clube Português (nessa altura emitindo da Parede, uma localidade da linha de Cascais, a nível nacional) quer nos Emissores Associados de Lisboa. Eram ainda poucos os programas gravados; assim, fiz muitos directos, inclusive teatro radiofónico…

No entanto, nunca me passou pela cabeça tornar-me profissional nessa área, e a meio da Universidade, tomei a decisão de me afastar (embora em Lisboa existissem na altura emissões regulares sustentadas pelo Centro Universitário, que não era muito bem visto por estar dependente, de algum modo, da Mocidade Portuguesa).

Parabéns pois à Rádio Universitária, com votos de continuação da sua actividade e esperando que consiga maiores sinergias com as estruturas que na Universidade mais próximas estão da sua área de interesse e de acção.

Entretanto, estamos mesmo no fim do ano lectivo. Já se pensa no próximo, os caloiros que estarão entre nós em Setembro estão neste momento a proceder às suas candidaturas, e a nível da Universidade já se activou a Comissão de Recepção e Acompanhamento dos Novos Alunos, um projecto que tem ganho raízes e de ano para ano tenta encontrar os melhores meios para integrar os jovens que pela primeira vez nos procuram, ajudando-os a compreender o que é um aluno universitário nas suas vertentes diversas.

Para todos, mas em especial para os docentes, pode ser um ano especial, na medida em que se aguardam decisões fundamentais para a aplicação do chamado processo de Bolonha no nosso país. Dividem-se as opiniões acerca da bondade da decisão que foi tomada há seis anos, mas penso que para a maioria (alunos incluídos) ela representa uma oportunidade excelente para renovar o ensino superior na direcção certa.

“Cheira” pois a férias, como se costuma dizer. Porque se aproximam, estas crónicas vão ser suspensas até aos começos de Setembro. Faço votos de boas férias para todos.

Então, até lá.

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