Independentemente das conclusões a que possa ter chegado, ou
venha ainda a chegar, a verdade é que este reencontro foi muito emotivo. Eu
tinha memórias, algumas muito vivas, desse passado distante, mas é evidente que
enquadrar nessas memórias de jovens que éramos (eu tinha 32 anos, eles à volta
dos 18) os adultos (alguns verdadeiramente idosos…) que somos, obriga a uma
ginástica mental por vezes complicada. Houve muitos cabelos e barbas brancas, a
par de calvícies e gorduras inoportunas. Mas também houve quem de imediato reconheci;
às vezes não ligava o nome que me ocorria à pessoa que me abraçava, mas algum
tempo depois como que refiz o meu quadro mental de há cinquenta anos.
O ponto alto das comemorações foi a reposição da peça “A Longa
Ceia de Natal”, que hoje estou certo foi o cimento que nos uniu a todos –
alunos e professor. Há cinquenta anos fui o encenador e ensaiador do grupo de
alunos que a levou ao palco, e ela foi o “prato forte” da festa dos finalistas,
tendo tido tanto êxito que foi exibida mais três vezes. Não foi possível manter
todos os mesmos actores, mas os substitutos estiveram à altura. Antes da
exibição da peça, fui entrevistado por um actual professor da Escola Secundária
Manuel de Arriaga, o Dr. Victor Dores, tendo como tema uma comparação entre os
anos 60 do século passado e a actualidade, com foco na educação.
Nos outros dois dias, a confraternização abrangeu no sábado uma
ida à ilha do Pico, com almoço em S. Roque, e no domingo mais um almoço na
Praia do Varadouro, no Faial, a que se juntou uma visita ao Centro de
Interpretação do Vulcão dos Capelinhos.
Acrescentei a estes mais cinco dias de visita aos Açores,
que será motivo para um outro post, a
publicar em breve.
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