Há dias lembrei um meu Natal diferente.
Hoje posso lembrar um 31 de Dezembro igualmente diferente – e, sobretudo, de desilusão.
Curiosamente, ocorreu um ano depois: foi em 1968.
Nesse dia estava no Funchal, para onde me
transferira em Setembro, deixando a cidade da Horta. Já tinha comigo a minha
Mulher e a a filha, que iria cumprir o seu primeiro ano de vida no mês
seguinte. Estava de certo modo entusiasmado por ir presenciar o celebrado fogo
de artifício na baía do Funchal, marcando, à meia noite, o novo ano. E não é
que, repetindo o ano anterior, desabou nesse dia sobre a ilha uma verdadeira
tempestade, com chuva torrencial que inutilizou todas as cargas preparadas para
o fogo, que, assim, não se realizou. Nós viviamos num sítio com uma vista
excepcional, a meio da Ladeira da Casa Branca, dominando toda a baia: foi uma
desilusão.
Se não me falha a memória, um ou dois dias
depois foi decidido oferecer à população um arremedo do fogo de fim de ano, mas
não passou disso, um arremedo.
Bom, esta entrada foi um pretexto para
desejar um bom ano a toda a equipa e leitores do blog, esperando que os
pessimistas se tornem um pouquinho menos pessimistas e os optimistas não tenham
razões para lamentarem sê-lo.
(Lembro que este post é publicado tambem n' A Destreza das Dúvidas).
Sem comentários:
Enviar um comentário