2015/12/31

Memória de um 31 de Dezembro


Há dias lembrei um meu Natal diferente. Hoje posso lembrar um 31 de Dezembro igualmente diferente – e, sobretudo, de desilusão. Curiosamente, ocorreu um ano depois: foi em 1968.

Nesse dia estava no Funchal, para onde me transferira em Setembro, deixando a cidade da Horta. Já tinha comigo a minha Mulher e a a filha, que iria cumprir o seu primeiro ano de vida no mês seguinte. Estava de certo modo entusiasmado por ir presenciar o celebrado fogo de artifício na baía do Funchal, marcando, à meia noite, o novo ano. E não é que, repetindo o ano anterior, desabou nesse dia sobre a ilha uma verdadeira tempestade, com chuva torrencial que inutilizou todas as cargas preparadas para o fogo, que, assim, não se realizou. Nós viviamos num sítio com uma vista excepcional, a meio da Ladeira da Casa Branca, dominando toda a baia: foi uma desilusão.

Se não me falha a memória, um ou dois dias depois foi decidido oferecer à população um arremedo do fogo de fim de ano, mas não passou disso, um arremedo.

Bom, esta entrada foi um pretexto para desejar um bom ano a toda a equipa e leitores do blog, esperando que os pessimistas se tornem um pouquinho menos pessimistas e os optimistas não tenham razões para lamentarem sê-lo. 

(Lembro que este post é publicado tambem n' A Destreza das Dúvidas).

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