Casualmente, ao fim da tarde de ontem, ao passar pelo canal Económico
TV, fui surpreendido com a retransmissão de uma entrevista feita em Maio de
2014 a Tiago Brandão Rodrigues (TBR), o actual Ministro da Educação. A
curiosidade fez-me voltar ao início e ver a totalidade da entrevista, na altura
justificada pela divulgação de um artigo que TBR publicara na revista Nature Medicine sobre uma nova técnica de
avaliação da eficácia dos processos de tratamento para cura do cancro que é
objecto de investigação na Universidade de Cambridge.
Os nomes da nova equipa que vai liderar o Ministério da
Educação nada significam para mim. Daí o meu interesse em ter informação. Considerando
os sucessivos Ministros da Educação que fui conhecendo, nada me autoriza a
concluir que um bom ministro seja necessariamente alguém profundo conhecedor das
diferentes vertentes da educação. Em contrapartida, penso que o mesmo não se
aplica aos Secretários de Estado, que devem dominar os dossiers referentes a
essas mesmas vertentes.
Pelo que percebi da entrevista, TBR tem algumas características
que podem ajudá-lo. É jovem, tem uma experiência de vida variada e muito
centrada no trabalho de equipa e na inserção em grupos sociais variados, além
de cientista com obra feita é desportista (karateca, cinturão castanho!), e
parece ter uma grande disponibilidade para o diálogo. Já nessa altura (Maio de
2014) admitia regressar a Portugal se sentisse que esse regresso seria motivante
para ele, na perspectiva de servir o país.
O Ministério da Educação é porventura o mais complicado de
gerir. Nuno Crato, afinal, não o implodiu, mas causou-lhe muitos estragos. Eu não
sei se TBR vai conseguir ter êxito, mas em princípio fiquei bem impressionado. Ter
na 5 de Outubro alguém com uma visão que não esteja muito condicionada pela “ruído”
local pode ser muito importante.
Falta-me informação sobre os Secretários de Estado, que são peças
relevantes na equipa.
Estejamos atentos.
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