A memória do 11 de Setembro (não é preciso dizer o ano) é recente. Estava em Lisboa nesse dia (chegara ao fim da manhã) e depois do almoço a minha filha informou que na Internet vira que tinha havido um desastre com um avião em New York. Ainda não eram duas da tarde. Liguei a televisão e sintonizei a CNN. A tempo de ver, em directo, o impacto do segundo avião na torre ainda incólume. Depois, o desmoronar dos dois edifícios. As pessoas mergulhando no espaço para fugir a outra forma de morte. Horrível. Depois, foi toda a tarde a dividir a atenção entre a televisão e a rádio. Tínhamos combinado ir jantar fora – mas não havia vontade para tal. Como toda a gente, fiquei chocado com a amplitude da tragédia e preocupado com as consequências. Disse-se na altura que nesse dia todos fomos “americanos”. Senti certamente mais do que outros pelo facto de ter vivido nos Estados Unidos e ter excelentes recordações desse grande país. Mas tinha (e com razão) muitas dúvidas sobre o que faria a administração Bush. Na altura, foi razoável; mas iria manifestar-se mais tarde completamente desajustada. O “nine eleven”, como abreviadamente os norte-americanos o designam, teve consequências pessoais. Estava a contar passar o ano sabático de 2001-2002 nos Estados Unidos, mas as sequelas do ataque obrigaram a alterar planos. E em vez de passar seis meses, como planeara, apenas estive um mês e alguns dias. Quatro anos depois, apenas recordo a emoção do próprio dia e não me apetece – literalmente – tecer comentários sobre o que sucedeu depois. |
The past is malleable and flexible, changing as our recollection interprets and re-explains what has happened.... Peter Berger
2005/09/11
11 de Setembro
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4 comentários:
caro senhor... quem esquece o que sucedeu é porque não viu... não sentiu ou não viveu...
passe pelo meu blog e dê-nos a sua opinião sobre ele sff
To my anonymous reader
Thank you for your message. I am not a horse racing enthusiast, which is not very popular in Portugal. Anyway, I will visit the site. Greetings!
João Dias
Na primeira oportunidade, por lá passarei!
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