2005/01/31

31 de Janeiro


Quantos, sobretudo os mais novos, saberão que o dia 31 de Janeiro já foi feriado nacional? E entre esses, quantos saberão porquê?

Quando eu era menino, recordo ser feriado no dia 31 de Janeiro, e aprendi, na 4ª classe, que era em memória da primeira revolução republicana, que teve lugar na cidade do Porto no ano de 1891. Fixei o nome de João Chagas (como seu inspirador) e não sei bem porquê o do alferes Malheiros, figuras da Revolução que logo abortou mas ficou como o sinal para o fim da Monarquia.

Não me recordo quando o feriado desapareceu – mas, numa época em que nada se questionava ao Governo, poucas vozes se terão feito ouvir para defender a memória dos pioneiros. Porque sempre simpatizei com quem se decide a agir, tive e tenho pena que o 31 de Janeiro seja apenas hoje lembrado em algumas ruas – e sobretudo no Norte, como é lógico.

De resto, compreendo que tivesse sido necessário reduzir os feriados e que, havendo o 5 de Outubro, o 31 de Janeiro fosse sacrificado.

2 comentários:

Chris Kimsey disse...

Pelo que eu sei o Alferes Malheiro era um oficial preguiçoso que, se querer, impediu que as forças "revolucionárias" republicanas tomassem um quartel militar no Porto em 31 de Janeiro de 1891. O homem, inimigo do trabalho, deixava-se adormecer. E numa das suas quedas nos braços de Morpheu, não partiu com o resto da companhia para uma campanha. As forças "revolucionárias", chegadas ao quartel e pensando que este estava vazio, toparam o Alferes Malheiro (que dormia) por via de uma janela. E desistiram de tomar o quartel. Não se sabe se a tomada do quartel não teria tido consequência na implementação dos ideais republicanos.

Mais tarde a Carbonária e os Maçons deram uma ajuda imprescindível...

Seja bem-vindo à blogosfera, colega! ;-D

Paulo Lopes

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Agradeço as boas vindas e a sua informação. Talvez (quem sabe!) a minha professora da instrução primária tivesse contado essa história (que não conservei na memória - a não ser o nome do alferes). Uma vez mais, bem haja.