2006/05/29

Alguns dias diferentes


Passei agora meia dúzia de dias pertinho do mar Báltico, o que nunca fizera antes. Tenho, pois, alguns posts em perspectiva para além deste. A minha base de estadia foi Riga, a capital da Letónia, mas desloquei-me a Helsínquia por um dia. Se em relação a Helsínquia tinha expectativas que não foram iludidas, em relação a Riga devo dizer que fiquei verdadeiramente surpreendido com o que encontrei. Por muito que se leia, só o ver, o estar, nos dão a percepção correcta da realidade.

A cidade, cujo centro histórico foi considerado pela UNESCO património mundial, é magnífica, sobretudo pelo conjunto de edifícios do estilo arte nova, que se sucedem em algumas ruas, qual deles o mais espectacular. Mas também são de referir os amplos parques, a excelente rede de transportes, a vida cultural intensa, enfim, um conjunto de razões para a minha surpresa e até encantamento.

E tudo isto apenas quinze anos depois da Letónia se ter libertado da tutela comunista (1991). Porque é bom não esquecer que o país esteve longos 51 anos ocupado – primeiro por tropas russas, logo a seguir alemãs e depois de 1945 de novo russas – uma ocupação dolorosa que está documentada num museu cheio de interesse. E durante esse tempo a língua letã, que mais ninguém fala senão os pouco mais de milhão e meio de letãos (ou lactvianos), manteve-se viva e continua viva.

Calcorreei as ruas da cidade, que em Maio acabou de sair de um Inverno rigoroso mas mesmo assim, para quem vem do sul, ainda supõe um suplemento de abafo, de máquina fotográfica sempre pronta. Escolherei algumas das fotos para dar uma ideia daquela que é considerada a capital do Báltico.

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