2006/06/09

Solução radical


Segundo a Visão (secção “Em Foco”, p. 32 da edição de ontem, 8 de Junho) Maria Filomena Mónica, “socióloga, referindo-se às novas medidas que o Governo pretende aplicar aos professores”, terá dito: “A raiz de todo o mal é o Ministério [da Educação], que tem não sei quantos grupos de trabalho, que deviam ser pura e simplesmente extintos com napalm”.

Vamos apenas sorrir, lamentar, indignar, ou responder ao mesmo nível: “E não se pode exterminá-la?”

7 comentários:

Anónimo disse...

“E não se pode exterminá-la?”

Penso que não é possível meu caro. Mais vale ficar pelo sorriso.

henrique santos disse...

Haveria lá napalm que lhe pegasse.

saltapocinhas disse...

Não gosto especialmente dessa senhora, mas os "grupos" do ministério da educação podem ser de tudo menos de trabalho!!
E, sim, a raiz de todo o mal é o ME que ainda não tomou um rumo de há 30 anos para cá que assistimos a mudanças e mais mudanças e mais remodelações para ficar tudo na mesma (ou pior!!)

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Saltapocinhas, não sejas excessiva. Essa ideia de que desde há 30 anos não se fez nada em educação e tudo está pior é verdadeiramente injusta. O ME tem as costas largas para bater - mas atenção, porque os professores são também ME...

saltapocinhas disse...

Quando eu digo "tudo" refiro-me só à organização (ou desorganização) de programas, de medidas que são excelentes e depois no governo a seguir são substituidas por outras completamente diferentes. Desde que eu trabalho que praticamente não houve 2 anos identicos!
Não me quero referir de maneira nenhuma a professores nem métodos de ensino, nem à relação professor/aluno que antogamente era de puro terror!! Mas os "grupos de trabalho" não mostram trabalho, não dão continuidade ao trabalho bom, enfim, uma confusão!
Talvez como és do superior não faças ideia do que se passa pelos básicos, mas acredita que não estou a exagerar!

Anónimo disse...

MFM é o expoente do intelectual light. Se alguma coisa de sólido e válido fez enquanto socióloga, se alguma coisa aprendeu durante o seu percurso intelectual, não se nota. MFM graceja em vez de pensar, alardeia em vez de impressionar pela justeza das ideias.

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Pois eu acho que Maria Filomena Mónica tem toda a razão. Os países com melhores sistemas de ensino que tenho conhecido são aqueles em que não há Ministério da Educação nem estrutura equivalente.

E tanto tem razão que quem se sentiu ameaçado pelas suas palavras a pôs a dizer o que ela nunca disse: que «os professores», e não, como é verdade, «os grupos de reflexão», deviam ser exterminados com napalm.

Se maria Filomena Mónica é uma socióloga «light», Maria de Lurdes Rodrigues é uma socióloga pós-moderna, convencida de que todos os «saberes» se equivalem.

Os professores também são ME? Pois são, infelizmente. E se a Ministra tivesse tido tento cuidado em reduzir o seu número nos gabinetes do Estado como o teve em reduzi-lo nas cúpulas sindicais, pouparia aos contribuintes muito dinheiro e às escolas muitos regulamentos que só servem para não as deixar trabalhar.