2006/03/02

Bolonha – 1º acto


Sete horas e dez minutos foi o tempo necessário para que o Conselho Académico da minha Universidade desse parecer favorável a 31 cursos de 9 escolas que apresentaram “adequações” de cursos existentes, de acordo com Bolonha. É obra!

Não foi uma reunião fácil, por motivos que excedem a simples apreciação das propostas, mas quando tudo acabou, um pouco cansado pelo dia inteiro de trabalho intensivo, senti que correra a cortina do 1º acto desta peça que bem se poderia intitular “Rumo a Bolonha”… O 2º acto seguir-se-á dentro de dias, com o Senado, em reunião extraordinária, a ser convidado a aprovar os cursos.

Senti um certo alívio – afinal, estes dois últimos meses têm sido de um trabalho exigente, mais do que complicado, com tarefas que persistem para além do tempo que lhes dedicamos efectivamente. O que resta da caminhada é, sobretudo para mim, muito menos pesado.

3 comentários:

saltapocinhas disse...

Não percebo nada dessa coisa de Bolonha, fico feliz por estares mais aliviado de trabalho. Só vim aqui dizer que a resposta que estava a fazer ao teu comentário se transformou noutro post. Gostava imenso que lesses, penso que clarifica o anterior. É que não estamos tanto em desacordo como pode parecer à 1ª vista!

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Resposta já no teu blog. Bolonha não é difícil de entender: trata-se de transformar os cursos de ensino superior existentes nos vários países da Europa que aderiram ao projecto de modo a terem três ciclos de estudos: um 1º que´conduz a uma licenciatura (3 ou 4 anos), o 2º a um mestrado (2 anos, em regra) e o 3º ao doutoramento (4 anos). Isto permitirá que os alunos possam com mais facilidade transitar de uma escola num país para outra escola de outro país. Para isso os cursos são compostos de unidades curriculares (o que se chamava disciplinas, mas tendem mais hoje a ser módulos de áreas disciplinares)- e pela sua conclusão os alunos obtêm os chamados ECTS ou simplesmente créditos. A atribuição destes créditos tem sobretudo a ver com o trabalho do aluno, mais do que com as horas de aula e exames. Digamos que esta é a parte mais complexa do processo, porque implica mudança de atitude dos professores.
Se não percebeste nada, a culpa é minha...

saltapocinhas disse...

Não é nada culpa tua: é minha que não me esforcei por perceber pois o assunto não me interessa o suficiente para eu ler com atenção tanta letra pequenina e sem bonecos! Só gostava de saber o que acontece - se é que vai mudar alguma coisa - a quem tem 5 anos de curso e "apenas" é licenciado.