2005/07/08

As Crónicas na RUM (15)


Na passada terça-feira foi apresentado no Salão Nobre da Reitoria da nossa Universidade o Pólo de Software do Minho, um projecto da COTEC (Associação Empresarial para a Inovação) e da Universidade do Minho, com a colaboração de seis empresas da região Norte do país que têm como factor comum a informática.

A sessão, subordinada ao tema “Aumento da Produtividade de Economia com Base na Inovação – o Caso das Tecnologias das Informação”, teve como objectivo dar a conhecer esta parceria, para o que cada uma das empresas se apresentou e aos seus projectos actuais e futuros.

Na sessão de encerramento estiveram presentes Belmiro de Azevedo, Director da COTEC Portugal, o Reitor da Universidade e o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Doutor Manuel Heitor, que proferiram breves alocuções relativas ao acto.

Qual é o papel e interesse da Universidade neste projecto?

A investigação é um factor chave para a inovação, e a inovação é vital para o sucesso das empresas. A Universidade dispõe do know how; as empresas podem, se unidas, viabilizar projectos de maior dimensão e tentar o que hoje é uma condição essencial para a sua sobrevivência – a internacionalização.

Como foi claramente assumido pelo nosso Reitor, a Universidade do Minho é uma Universidade nacional (nem poderia ser de outro modo) mas com uma forte presença regional, tendo, desde o seu início, procurado definir objectivos estratégicos para o desenvolvimento da região do Minho. Trinta anos volvidos, da Universidade pode de facto dizer-se que tem sido um factor muito relevante para esse desenvolvimento, o qual ganhou novos contornos com o recente pacto assinado com instituições diversas da região, nomeadamente dezoito autarquias que rodeiam Braga.

Esta nova parceria em área tão promissora e na qual já provámos ter excelência chega em bom momento, até pela situação económica estagnante em que o país vive.

Os académicos discutem muitas vezes a justeza das opções da Universidade no que se refere à sua disponibilidade para dar a mão às empresas, talvez um pouco nostálgicos de uma concepção da Universidade essencialmente voltada para um saber desinteressado, o saber pelo saber. Penso que essa vertente não se deveria perder, mas seria pouco lógico que a Universidade não tivesse em atenção o mundo real que, na verdade, a sustenta.

Por isso, iniciativas como a do pólo de software do Minho devem ser vistas como estrategicamente valiosas para a vida da Universidade, bem como para o seu prestígio como uma das mais inovadoras no nosso país.

Até para a semana.

Sem comentários: