2011/06/24

Para meditar

Diane Ravitch é uma académica norte americana (New York University) que desde os anos 70 tem tido um papel preponderante na educação nos EUA. Porque serviu nas administrações Bush (pai e filho), sempre foi considerada mais como conservadora do que como progressista. Nos começos do século, apoiou o NCLB (No Child Left Behind), um programa muito conservador que tem sofrido contestação. Pois bem, Ravitch publicou, no ano passado, um livro intitulado “The Death and Life of the Great American School System: How Testing and Choice Are Undermining Education”. Nesse livro, rompe com o apoio dado e em mais de duzentas páginas é dura para com o que está a acontecer nois Estados Unidos, precisamente pela política conservadora adoptada.

Perto do fim do livro, podem ler-se as seguintes conclusões que transcrevo (sem traduzir):

“Our schools…
... will not improve if we continually reorganize their structure and management without regard for their essential purpose
... will not improve if elected officials intrude into pedagogical territory and make decisions that properly should be made by professional educators
... will not improve if we value only what tests measure
… will not improve if we rely exclusively on tests as the means of deciding the fate of students, teachers, principals, and schools
... will not improve if we continue to close neighborhood schools in the name of reform
... will not improve if we entrust them to the magical powers of the market
... cannot improve if charter schools siphon away the most motivated students and their families in the poorest communities from the regular public schools
... will not improve if we expect them to act like private, profit-seeking enterprises
... will not improve if we continue to drive away experienced principals and replace them with neophytes who have taken a leadership training course but have little or no experience as teachers
... cannot be improved by blind worship of data
... cannot be improved by those who say money doesn't matter
... cannot be improved if we ignore the disadvantages associated with poverty that affect children's ability to learn
... cannot be improved if we use them as society's all-purpose punching bag, blaming them for all the ills of the economy, the burdens imposed upon children by poverty, the dysfunction of families, and the erosion of civility. Schools must work with other institutions and cannot replace them”

4 comentários:

Carlos Silva disse...

Depois de uma noite em 'branco' na UM, de olhar para a parede e reler "Li Hoje, no Público" (que cito no meu trabalho)... Ao som de "Like a Rolling Stone", de Bob Dylan...
-- "Deixa, ver, faz tempos que não vou ver a 'Memória'". Será que...
a 'crise', o novo Ministro, ...?
Olá Professor! que prazer voltar a ler...

... will not improve if we continue to close neighborhood schools in the name of reform.

Lethes, escolas rurais, o bem-estar dos professores a liberdade dos alunos...

Desconhecem ou confundem o poder da socialização (das relações interpessoais e da figura do professor como representante - legítimo - da autoridade e da protecção na escola, sentimentos estruturantes da construção dos afectos, da personalidade) com os malefícios da massificação (do impessoal, da desregulação, do abandono, ...).

Um abraço; um bom domingo.
Carlos

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Olá, Carlos!

Regressei, não sei se por muito ou pouco tempo, acicatado de facto pela incerteza do futuro na educação deste nosso país. Creio que se avizinham tempos em que é necessário não só suportar a crise verdadeira como aquela que provavelmente alguns quererão impor onde ela não existe.

Obrigado pela fidelidade de ir de bez em quando à Memória...

... e até breve, não?

Cândido Varela de Freitas disse...

De vez em quando, claro...

Carlos Silva disse...

Olá Professor, outra vez.
Hesitei estes dias porque andava amargurado, pois temia que se concretizasse o que tenho para lhe dizer.
De facto, o seu 'até breve' não é, pelo menos na data prevista (28/7).
Estes dias ainda luto para 'fechar as pontas' e se tudo correr bem em Setembro deve haver novidades.
É com tristeza que lhe digo isto, mas é assim mesmo a vida...
Um abraço, Carlos

Nota: Entretanto, boas férias.
Preferia dizer-lhe isto noutro contexto e por outro meio, mas não sei se ainda tem mail da UM... e não queria deixá-lo sem esta informação.